segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Chapada dos Veadeiros - GO

O curso de Geografia da Faculdade Alfredo Nasser, fez um trabalho de campo maravilhoso na Chapada dos Veadeiros, vou mostrar um pouquinho da historia da Reserva, e tudo que nos presenciamos. Do dia 03/06/2010 ao dia 06/06/2010, poucos dias, mais com muitas historias e aventuras pra contar.
Localização do Parque.
O Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, criado em 1961, protege uma área de 65.514 ha do Cerrado de Altitude. São diversas formações vegetais, centenas de nascentes e cursos d'água, rochas com mais de um bilhão de anos, além de paisagens de rara beleza, com feições que se alteram ao longo do ano.
O Parque também preserva áreas de antigos garimpos, como parte da história local.
Além da conservação, o Parque tem como objetivos a pesquisa científica, a educação ambiental e a visitação pública.
Localizado a nordeste do Estado de Goiás, no centro da Chapada dos Veadeiros, o Parque está a 260 km de Brasília e a 480 km de Goiânia, com parte de sua área nos municípios de Cavalcante (60%) e Alto Paraíso (40%), onde se situa a Vila de São Jorge, local de entrada dos visitantes.
A partir de Brasília, chega-se ao Parque pelas rodovias BR-020 e GO118 (220 km), que levam a Alto Paraíso, seguindo-se depois pela GO-239 (36 km) até a Vila de São Jorge.

Região do Cerrado
O Cerrado é um dos biomas mais ricos do planeta em biodiversidade e também considerado o "berço da águas por abrigar inúmeras nascentes formadoras de importantes rios brasileiros.
Mesmo assim, sua sobrevivência está ameaçada, pois mais de 50% de sua área original de 2 milhões de km2 já está transformada em pastagens e cultivos agrícolas, principalmente monoculturas (soja e milho).
O Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros é uma das mais importantes áreas de proteção do Cerrado, sendo reconhecido pela Unesco como Sítio do Patrimônio Mundial Natural e zona núcleo da Reserva da Biosfera do Cerrado Goyaz, a qual abrange 2,9 milhões de hectares no nordeste goiano.
Na região do entorno do Parque foi criada a Área de Proteção Ambiental Pouso Alto, com 980 mil hectares, e está sendo implantado o Corredor Ecológico Paranã-Pirineus, buscando aliar o desenvolvimento com a conservação ambiental. Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN) estão sendo criadas e cresce na região a organização social para o ecoturismo.

 Geologia 

 Chapada dos Veadeiros - Vale da Lua
As rochas formadoras desta região são muito antigas. Bem na base encontra-se o Complexo Granítico, formado há 2,5 bilhões de anos. Sobre este, ocorrem as rochas formadas a partir de sedimentos (areia e lama) que, há aproximadamente 1,7 bilhão de anos, passaram a ser depositados no fundo do antigo mar Araí, o qual recobriu toda esta região. Hoje, as rochas do Grupo Araí são as principais formadoras do relevo da região, incluindo as áreas aplainadas da Chapada, serras, montanhas, morros e vales. Alguns locais, como o sul do Parque e a região do Vale da Lua, apresentam as rochas do Grupo Araí recobertas por uma nova seqüência sedimentar denominada Grupo Paranoá.
Há 600 milhões de anos, essas rochas sedimentares foram fraturadas e modificadas por efeito de elevadas pressões e temperaturas, transformando-se em rochas metamórficas, principalmente quartzitos e metassiltitos.
Os quartzitos, mais resistentes à erosão, formam escarpas com paredões de até 300 metros e morros isolados, com paisagens de rara beleza, como os saltos e os cânions.

Hidrografia

 Trilha dos Saltos - Cachoeira de 120metros

No interior do Parque estão protegidas inúmeras nascentes. Essas nascentes alimentam os córregos de médio e pequeno porte, que por sua vez alimentam os rios maiores - rio Preto e rio dos Couros - que vão desembocar no rio Tocantins, contribuindo para a formação da Bacia do Tocantins. O rio Preto percorre o Parque no sentido nordeste-sudeste, ao longo de aproximadamente 50 km, nos quais a altitude varia em mais de 800 metros. Ele corre encaixado na rocha, formando fortes corredeiras, quedas d'água, baixios e poços profundos, como nos saltos e cânions.
O rio dos Couros forma parte do limite leste do Parque. A maior parte dos cursos d'água é intermitente, mas seu volume aumenta muito na época das chuvas, mudando consideravelmente a paisagem.

Clima
O clima predominante é o Tropical Quente, Sub-Úmido (AW), com duas estações bem definidas: um verão chuvoso (de outubro a abril) e um inverno seco (entre maio e setembro), com precipitação média anual entre 1.500 e 1.750 mm. A temperatura média pode variar entre 18 e 27º C e a umidade relativa do ar entre 50% e 80%, podendo chegar a 15%, nos meses de agosto e setembro.

Vegetação
Chapada dos Veadeiros - Flor de Sacupira Branca

O Cerrado é constituído por um mosaico de fitofisionomias, que varia conforme a predominância de ervas, arbustos ou árvores.
O Cerrado, propriamente dito, e composto por árvores baixas e esparsas; nos Campos, predominam ervas e arbustos; e nas Veredas, buritis estão presentes em depressões e vales úmidos. Inúmeras espécies são características desses ambientes, apresentando adaptações como troncos retorcidos, cascas espessas, folhas grossas e pilosas e estruturas subterrâneas.
O Cerrado é o resultado da combinação de vários fatores tais como o clima, o baixo nível nutricional dos solos e a ocorrência natural de fogo.

Fauna
Há um grande número de espécies vivendo nesta diversidade de ambientes. São cerca de 160 espécies de mamíferos, mais de 300 de aves, cerca de 60 espécies de répteis e anfíbios, mais de 49 de peixes, sem contar os insetos.

 Voltando da Chapada, imagem feita de dentro do onibus.

Diario de Viajem 

Dia 03/06/2010

Pessoal, como foi aventura essa viajem pois, o ônibus estragou antes de sairmos da faculdade, mais também né, se não estragasse não seria um trabalho de campo, rsrs.
Na ida fomos cantando, ouvindo piadas do Silvio Santos, isso só podia ser coisa do Denis. Paramos na estrada pelo menos uma 4 vezes, mais acho que foi mais, estava previsto pra chegarmos as 15:30 da tarde, mas só chegamos as 20:00, imagina montarmos barracas no escuro, o pior não foi ai, acredita que o ônibus quando chegamos caiu em um buraco enorme na rua, em frente ao camping, lá vai os meninos tirar o ônibus do buraco, ficamos conhecidos na cidade pelo o povo do ônibus estragado!!
Conseguimos colocar tudo em ordem, as barracas, o ônibus, e lá vai nós as meninas pra cozinha, mas não demos conta do recado e lá foi o Paulo ser o cozinheiro chefe, e não é que ele leva jeito pra coisa, agora já esta nomeado o cozinheiro chefe da Geografia.



Dia 04/06/2010

Esse foi o primeiro dia de trilha, fomos fazer a dos saltos, conhecemos as cachoeiras, de 120 metros e a de 80 metros. Nessa trilha andamos 5km de ida e 4.5km de volta, pensa no meu preparo físico, quase fiquei pelo o caminho, mais foi muito gratificante, conheci lugares lindo, vi paisagens belíssimas, indico viu galera. O lugar tem muitas rochas bonitas, pelo caminho dar pra ver lugares que foi explorados por garimpeiros,  onde há as passagens com rocha, são muitas subidas e decidas, e lá conhecemos o Sr. Wilson, um garimpeiro local, que conhece muita região, muito divertido, quando forem peguem ele como guia, irão se encantar com o pessoal da região. Quando voltamos todos estávamos cansados, fomos conhecer o artesanato da cidade, muitos objetos ripes, e muitas rochas, adoro artesanatos, foi lá que eu comprei meu filtro dos sonhos, adoro.



Dia 05/06/2010

Acordamos cedo, e fomos fazer a trilha do Raizama que tem um quênio da região, esse local é particular, paga 10 reais, e a trilha é menor porem com muita subida e descida, o lugar é muito lindo também, e o sol acho que foi o pior de enfrentar na trilhar, e detalhe o ônibus atolou em uma ponte, e eu acabei desistindo de esperar e fui pra cidade andando, nesse dia caminhamos uns 8km. Quando voltamos todos estávamos cansados, mais mesmo assim ainda sobra um tempo pra balada, saímos pra conhecer a noite de São Jorge, lá o pessoal adora reggae, mais encontramos um lugar que lotamos e fizemos a nossa musica, acabamos fazendo o dj tocar de tudo, somos terríveis...

 Raizama - Quênio

Dia 06/06/2010

Hoje é o dia da volta, eu estava morrendo de medo de o ônibus estragar de novo no caminho. Na volta passamos em Brasília, na praça dos Três Poderes, e vocês acreditam que eu tinha razão o ônibus furou o pneu, éramos pra chegarmos cedo em Goiânia, mais acabamos chegando as 20:00, mais viemos conversando e nem vimos o tempo passar.

 Brasília

Galera indico, uma viajem dessa, muito bom o lugar e incrível a natureza da Chapada, a pessoas são muito receptivos, sem palavras de como é lindo,  nunca vi nada igual!! Vão que vocês irão adorar!!!

Nayara Amorim – Diário de Viajem – Chapada dos Veadeiros.

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